Aqui estou mais um dia
sentado postando
como se tudo fosse normal
como se a vida fosse facil
como diz a musica
se fosse facil achar o caminho das pedras
tantas pedras no caminho nao seria ruim
mas o fato é que
todos nos temos os nossos fardos cheios de pedra
e cada um os leva em suas costas
como se todos possuissemos os nossos carmas
tudo é tão azul
a terra daqui é tão cor de terra
por mais idiota que isso possa parecer
voce ja reparou em como a agua do lago se move?
em como os patos dançam a musica dos ventos?
os indios foram massacrados pelos desbravadores do velho oeste
e em nome de que? em nome de quem? por que?
quem eles pensam que são?
a união faz a força
e faz açúcar também
eu é que não faço boas piadas
mas e daí?
o que isso muda?
como diria o grande edno
somos o que somos porque deixamos de ser o que éramos
mas,
o que nós éramos?
o que nós somos?
o que seremos?
a única resposta é
nada
ninguém
nada
respectivamente
mas isso é tudo relativo
porque pra mim
uma boneca é uma boneca
ela já era uma boneca
é uma boneca
será uma boneca
mas a sua auto-existência é inútil
pra ela, ela num é nada
mas ao mesmo tempo
ela é um universo pra ela mesma
porque tudo dela vem dela pra ela
como se fosse um grande ciclo
uma antítese
ao passo que a perfeição existe
quanto mais perfeito
mais insignificante se torna
as explosões provam a minha teoria
Thursday, April 28, 2005
Tuesday, April 26, 2005
Hoje eu tive uma palestra muito boa
o palestrante era um engenheiro da Pirelli
deixando a propaganda de lado,
eu acredito que os assuntos abordados fora muito bons ao passo que ele nos mostrou em grande parte qual o papel do engenheiro nos processos, qual a função do engenheiro na industria, o papel social do mesmo na integração das classes que fazem parte da produção,
ser engenheiro é muito bom!
Less, em busca dos sonhos
Tuesday, April 19, 2005
Um post em nome dos sobreviventes da hipocrisia e da banalização da sociedade
eu estou mudando,
fazendo e pensando em coisas que pensei nunca fosse fazer ou pensar
como já me disseram,
com o passar do tempo a gente vai moldando a nossa personalidade
como se fosse uma grande rocha sendo lapidada
as pessoas aqui são diferente
tudo é diferente
o ambiente
o clima
as tensões
as propostas
as relações
as multidões
um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão
e então eu descobri
que tudo não passa de um grande sertão
como se fossemos pássaros
como se não houvesse nenhum leão
como se a vida imitasse a arte
como se tudo fizesse parte
de uma grande viagem a Marte
um sopro de esperança
a espera de grande mudança
o tempo passa à janela
o inglês vê james bond
eu ainda não lavei a panela
como se tudo dependesse dela
a grande panela da vida
a feijoada da alegria
o alcalóide de Pasárgada
com porquinhos da Índia
e gatos lunáticos de Alice
o blues, o jazz, o metall
olhe ali, há um animal
insano na membrana
preciso de muita grana
comprar consumir gastar
e então parar e pensar
chorar por ter que matar
matar a dignidade de amar
mandar um e-mail à mamãe
sem telefonar e dizer alô
como se tudo não dependesse
vivemos num bangalô
os dragões das histórias fascinam
os duendes dos contos encantam
as fadas seduzem os tolos
as bruxas assustam aos gritos
os sapos não viram príncipes
não existem sapatos vermelhos
ninguém nos acorda com beijos
a não ser o beijo da morte
que nos faz dormir sem acordar
o céu não é azul
nada é o que é porque é
arrumando o que disse no começo
o céu é de algodão
pra mim, é de algodão